quarta-feira, 21 de julho de 2010

domingo, 20 de junho de 2010

Uma história de amor

Como descobre Saramago...
Por acaso, claro. Ela que se lembra de "estar a par de todas as novidades literárias" nunca tinha ouvido falar de José Saramago até uma certa tarde de 1986, em que foi com umas amigas a uma livraria: "Vi um livro chamado O Memorial do Convento, e achei curioso o título. Li uma página, li o arranque, comprei, fui para casa e devorei-o".
Regressou à livraria de Sevilha e comprou todos os Saramagos traduzidos: "Quando acabei de ler O Ano da Morte de Ricardo Reis foi uma comoção muito forte e decidi fazer o que não tinha feito nunca, senti a necessidade de seguir aquele itinerário lisboeta, senti que tinha a obrigação moral de dizer a José Saramago o que tinha experimentado com a obra. Um autor só acaba a sua obra quando o livro é lido e entendido. E eu queria dizer-lhe: completou-se o ciclo, li-o e entendi-o então, vim com o meu livro e com O Livro do Desassossego do Pessoa". Aterrou na portela com o número de telefone de Saramago no bolso.
...os dois se encontram...
estamos portanto em 1986, numa altura em que o romancista Saramago ainda está suficientemente disponível para ser ele a ir ter com a jornalista espanhola que lhe telefonou, entusiasmada. Aí vai ele a caminho do hotel Mundial, imprevidente, sem saber o que pode resultar de "tomar um café". Com Pilar: "Eu estava no quarto, desci, saí do elevador e vi um senhor alto... não sei porquê tinha imaginado um homem baixo...apertámos as mãos, apanhámos um taxi, fomos ao cemitério dos Prazeres, ao túmulo de Pessoa, lemos um fragmento de Pessoa, voltámos ao hotel num táxi e despedimo-nos à porta, com um aperto de mãos".
Não foi apenas isto, foi também o encontro entre dos marxistas convictos: "Falámos de política, do que se passava na Europa, e demo-nos conta de que estávamos no mesmo sítio, que os dois éramos marxistas, os dois éramos comunistas e aos dois nos interessava literatura". Pilar Del Rio lembra-se de ter regressado a casa "com uma estranha paz".
...se casam...
na manhã seguinte Saramago telefonou-lhe para o hotel, a pedir-lhe a morada. "Eu regressei a Sevilha, ele enviou-me alguns livros... clássicos portugueses, enviei-lhe algumas críticas... eu não sabia nada da sua vida, nem ele da minha, porque não tínhamos falado das nossas vidinhas... e então, um dia, ele escreveu-me uma carta a dizer que, se as circunstâncias da minha vida o permitissem, iria visitar-me. E as circunstâncias da minha vida permitiam-no."
Um ano depois estavam juntos, no ano seguinte casaram, em Lisboa. "Não tive dúvida nenhuma em vir viver para Lisboa. Não tive nenhum problema de adaptação, quando vim para cá, vim para minha casa."
In PúblicoO folhetim de Pilar del Rio, 17 de Outubro de 1998

sexta-feira, 4 de junho de 2010

terça-feira, 20 de abril de 2010

16.40pm \ 1900s

O céu está limpo e o ar da tarde é frio e húmido.
Encontro-me numa zona bairrista de Lisboa, 
Bairro Alto, Príncipe Real.
As ruas são estreitas em quadrícula e perpendiculares, 
entre elas é claro, 
mas não posso deixar de saber que a quadrícula existente entre elas não faça também parte de mim. 
É porque, cada passo que eu dou ali,
fomos nós, 
Miguel.

domingo, 31 de janeiro de 2010

terça-feira, 26 de janeiro de 2010

Textos da minha autoria III

A minha ideia é chegar a tempo do aniversário. Se o avião não cair, se a camioneta não se atrasar, a hora da chegada será a prevista. A não ser que me ofereçam uma cerveja inglesa num pub inglês que me cative por tempo indeterminado impedindo-me assim de chegar ao meu destino. Infelizmente tal não aconteceu. E aqui estou eu. Sentada num pub inglês a dois passos do local de destino. 
Triste e saudosa como as pedras da calçada da minha querida Lisboa. 
Que mania esta de arriscar viajar só.

Textos da minha autoria II

                                                  
O Tempo que diz não à Vida que se cansa de não ter tempo, é o Tempo que abençoa a dinâmica preguiça que nunca se cansa de mim.

quinta-feira, 14 de janeiro de 2010

Actores e Actrizes Portuguezes



Eugénia Bettencourt diz poemas de Victor Oliveira Mateus

A Eugénia Bettencourt para além de ser uma grande actriz de teatro e de cinema, também diz poesia!

Eugénia Bettencourt e "As horas de Maria" de António de Macedo

Parece impossível que o meio artístico português seja de tal modo tacanho, que nunca se ouve falar nem do grande realizador António de Macedo nem da grande actriz Eugénia Bettencourt. 
É uma tristeza. 
Será que é por serem assim tão bons que os põe na prateleira?
Hummm..... cheira-me a invedere. 

quarta-feira, 13 de janeiro de 2010

sábado, 9 de janeiro de 2010

I say a little prayer for you


Muitos parabéns!. 


Que 2010 te traga muita saúde, muita amizade e amor e muito bom dinheirinho!
Felicidades.
Da mana muito amiga
Lena

Ópera para todos

sexta-feira, 8 de janeiro de 2010

Fotos do Borba




Vista Grossa

O equílibrio fingiu que não me viu e fugiu
Andou perdido algum tempo até que me encontrou
Encontrando-me, perdeu-me para sempre e não voltou.
Só depois do meu encontro com a vida fez uma investida
Perguntou-me quem eu era e eu disse-lhe que estava à sua espera...
Não gostou e foi p'rá alta roda dizer,
Que o comer estava frio e que não valia a pena.
Mas o que é que isso tem a ver?
Perguntou-se a si próprio,
Porque afinal sou eu que anda a saltar de gente em gente, e não contente com isso, farto-me de sofrer.
Mudar de defeitos?
Mas o que é que eu hei-de fazer?
Parasitar? Ou para-parasitar?
E se uma das duas fizer?
E se a vida minha acabar?
E se a gente nunca souber?

ÉTIL

Vagueando no espaço encontro  a certeza de nele não conseguir senão visualizar o espectro de um ser ambíguo, em cuja alma se aloja a rainha do deserto na busca insaciável de uma gota de água, que pelo mesmo lado e a todo o momento, descansa a sua raiva numa gota de álcool, ao mesmo tempo que tenta ser coerente com a certeza de nunca adormecer. Porque o encontro com a água não depende do álcool mas sim do sono. E este contém o antídoto da busca.
Lx 91

quinta-feira, 7 de janeiro de 2010

Paróquia de São João de Deus


Álcool II

Bom Dia!
O meu médico aqui é o Dr.Joaquim Custódio.
Aqui também não se paga nada.
Click no título!

Sol


Opinião
Do Rendimento Mínimo Garantido ao Contrato de Inserção Social
As palavras exprimem conceitos. E os conceitos orientam  as práticas. Em 1992, a UE recomenda aos Estados-membros o reconhecimento de um «direito fundamental dos indivíduos a recursos e prestações suficientes para viver em conformidade com a dignidade humana»
Vários sectores da sociedade portuguesa reconheceram como possível, necessária e justa, a aplicação desta medida, introduzida por António Guterres em 1997 e designada por Rendimento Mínimo Garantido.Em 2003, com Bagão Félix, passou a Rendimento Social de Inserção (RSI). Pretendeu-se, e bem, reforçar a inclusão dos mais carenciados, promover a sua autonomia social e económica e maior rigor na atribuição.No último relatório de execução do RSI, havia 385 mil beneficiários, inseridos em 149 mil famílias. Destes, 78% acordaram na integração em Programa de Inserção, o que implica responsabilidades, como colocar os filhos na escola.Mas não basta. Um exemplo: sou psiquiatra e tenho experiência de acompanhamento de doentes alcoólicos. Muitos gastam o RSI em álcool. A continuidade do consumo, com a respectiva degradação física, social e familiar, deve pôr em causa o ‘direito’ ao RSI. A maior parte, só percebendo o que pode perder aceita tratar-se. A um direito tem de corresponder um dever.É por isso não ser claro, até para os próprios beneficiários, que parece haver mal-estar no país, em relação ao RSI, que urge evitar. A frieza dos números mostra-nos que 18% dos portugueses vive abaixo do limiar de pobreza. Muitos mais seriam, não fossem as prestações sociais.Uma sociedade solidária compreende e aceita a necessidade de medidas de apoio a quem precisa de um mínimo de dignidade. Esse mínimo é um direito. Mas devemos organizar melhor a sua execução, para que seja mais justo e temporário.O Movimento Esperança Portugal propõe a substituição do RSI pelo Contrato de Inserção Social. O beneficiário tem de ser responsável pela execução do contrato, sob pena de ele poder terminar.Trabalho com populações vulneráveis, pelo que sei a dificuldade. A maior pobreza, para além da escassez de meios, é a dificuldade para comunicar e conhecer, sair de si, agir. A nossa obrigação solidária é combater a passividade, promover a autonomia.Não é fácil mas é vital. Com melhor acompanhamento e mais técnicos no terreno. Em atendimento, no domicílio, com flexibilidade e criatividade. Com as IPSS, ONG, empresas, comunidade, redes de vizinhança. Com o contributo do próprio beneficiário. Só na proximidade é possível conhecer, avaliar, modificar.Apenas 3% dos beneficiários entraram em formação profissional! Mais habilitações e reconversão de conhecimentos são prioridades. Mas há outras necessidades: a formação parental, a formação em economia e vida doméstica, a formação cívica, o treino de competências pessoais e sociais. Se nada fizermos, a pobreza gera pobreza, a exclusão maior exclusão, maior risco.

Temos de ser capazes de romper estes ciclos.
A solidariedade pode e deve ser um investimento produtivo. 
Pode ser início de vida nova. 
Para todos nós. 

Tem de sê-lo!                                      



Margarida Neto
Vice-presidente do MEP (Movimento Esperança Portugal)



quarta-feira, 6 de janeiro de 2010

terça-feira, 5 de janeiro de 2010

Conto de ficção da minha autoria I

Que Cevada Não é Trigo!

- Quem é que te vai sustentar quando eu e a tua mãe desaparecermos deste Mundo? pergunta o pai ao filho
- Os meus amigos, responde o filho
- Os teus amigos?? Ah! Ah!Ah!, são tanto ou mais pobres do que tu
- Os meus amigos mais velhos,diz o filho
- Porquê mais velhos?
- Porque têm dinheiro, senão não seriam meus amigos
- O quê?! Quererás tu dizer com isso que te prostituis?
- Não. Não estou para aí virado. Estou a querer dizer o que disse! Que se não fossem ricos não me poderiam sustentar e nem sequer se teriam dado ao trabalho de me quererem como amigo já que, para pobres bastariam eles e os amigos deles. Eu seria um fardo!
- Que raio de teoria a tua, filho. Explica-te!
- Não és o Principezinho. Pensa!
- Suponho que tenhas de lhes oferecer algo em troca...
- Tens razão...e não.
- O que é então? diz-me!
- É o prazer de me verem gastar o dinheiro deles com coisas que eles não têm coragem para fazer.
- Como por exemplo?
- Dar esmolas.
- Ah! Não me venhas com os teus bons sentimentos. Ou serás tu a consciência desses vermes. Vendeste-a é    isso?
- Pode ofender-me que eu não me zango. Para si tudo se resume a um "dá e tira" a um " toma lá dá cá". Para mim a vida não toma esse sentido de simetria. A amizade não é uma troca qual troco que se quer gorjeta na mão de um qualquer empregado de mesa. A amizade é sentimento. Paraleliza-se ao amor, ódio, paixão.
Ser amigo é interiorizar esse sentimento. É repetir o seu acto para com alguém. Não interessa quem. Eu, sujeito já fui objecto de amizade. Com quem? Não interessa. E agora os meus amigos são estes. Mais velhos e ricos. Divertimo-nos, porque nos gostamos. Complementamo-nos. E isso já ninguém nos tira.
- Os mais velhos e mais ricos. Os mais novos e menos ricos ou mais. Porquê essa definição?
- Se não os definisse assim teria que defini-los de uma forma que o pai não iria nunca entender. Digamos que estou a fazer um esforço para chegar a si.
- Obrigadinho meu pobre rico filhinho. O pior de tudo é que rejeitas, ou rejeitaste tudo o que te dei e te quero dar e vais por aí aceitar esmolas dessa gente que até nem deve ser mais rica do que eu.
- Infelizmente, continua sem perceber. Mas eu digo-lhe, ou por outra, sabe o que é que eu lhe digo?
- Que cevada não é trigo!

Textos da minha autoria I



Vida e Morte


Sempre que olho a vida a Vida olha para mim.
Sempre que olho a morte a Morte sempre sorri.
Sempre que canto o Fado,
O Fado canta-me a mim.
Ouço sempre o que não vejo
Esqueço o que se diz.
Penso no que não creio
Mas a crença está em mim.
Olho sempre para ao lado
Da Vida que olha para mim.











Vida e Morte

Sempre que olhas a vida a Vida olha para ti.

Sempre que olhas a morte a Morte sempre sorri.
Sempre que cantas o Fado,
O Fado canta-te a ti.
Ouves sempre o que não vês
Esqueces o que se diz.
Pensas no que não crês
Mas a crença está em ti.
Olhas sempre para ao lado
Da Vida que olha para ti.




A Montra

Artesanato Fino 
de 
Maria José Mirotes






6 de Maio de 1966



CLICK


Política portuguesa e o MEP









Adoro pastéis de nata e um deles é também, o de Belém.
Sempre com canela. 
E já agora, a canela faz baixar o colesterol a pessoas hipotensas.
Bom Apetite!


P.S. Click no título.

segunda-feira, 4 de janeiro de 2010

Álcool

Bom dia!


Para quem tiver problemas com o álcool,

Click no título " Álcool"

Clínica Novo Rumo.

É só marcar consulta.

O internamento é gratuito.

As instalações são óptimas.

O atendimento é
excelente.

Todo o problema tem uma solução.        

Força!

domingo, 3 de janeiro de 2010

Dioniso e o Vinho



NÃO BEBER  
NÃO BEBER
NÃO BEBER


PELA ALMA DO MEU PAI
PELA SAÚDE DA MINHA MÃE
PELA PROMESSA AO MEU SOBRINHO
PELAS MANAS
POR MIM
PELA VIDA  



NÃO BEBER                            


PORQUE HOJE, 
É SÁBADO, 
E AMANHÃ, 
É DOMINGO.


O ÁLCOOL DESTROI, TRANSTORNA, MOLESTA,MENTE,SEDUZ,FINGE,MATA,MOI


O ÁLCOOL É O MEU MELHOR INIMIGO
É DEMONÍACO


O ÁLCOOL NÃO ME CORRE NAS VEIAS


O ÁLCOOL NÃO É MAIS DO QUE EU!









NÃO BEBER  



BEBER É FATAL,BEBER É SOFRER,BEBER É MORRER


A BEBIDA MATA
A BEBIDA ESMORECE
A BEBIDA DESTROI
A BEBIDA ENTRISTECE
A BEBIDA CONSOME
A BEBIDA DEPRIME
A BEBIDA OPRIME
A BEBIDA DESFALECE
A BEBIDA DESAPARECE.


NÃO BEBER.  


DIONISO E O VINHO


"a arte e o vinho aproximam os povos."
Pierre Pflimlin, politico francês


"vinho é um copo de amizade."
 José A.Salvador, jornalista


"o vinho é belo,alegre e forte, e só não alegra o coração quando o afoga."
 D. Duarte , rei de Portugal


Para a minha família,para os meus amigos,para os meus médicos,para as minhas médicas e para a minha psicóloga,um grande bem haja.


Votos de Um Bom Ano 2010! 


Lena




sábado, 2 de janeiro de 2010

sexta-feira, 1 de janeiro de 2010

Blogs que estou a seguir

Cigarrajazz
Combustões
Lauro António
Barca à Vela
Pontocome
Spectrum
As tormentas

Acerca de mim

A minha foto
Gosto de si porque gosto de mim. Sou Cavalo de Fogo. 6. Orixá Ogun